PSICANÁLISE: COMPLEXO DE ÉDIPO x ELECTRA
O Complexo de Édipo é um conceito central na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, proposto pela primeira vez em seu livro "A Interpretação dos Sonhos" (1900). Refere-se aos sentimentos de desejo e rivalidade que uma criança experimenta em relação aos pais durante a fase fálica do desenvolvimento psicossexual, entre os 3 e 6 anos de idade.

O Complexo de Édipo é um conceito central na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, proposto pela primeira vez em seu livro "A Interpretação dos Sonhos" (1900). Refere-se aos sentimentos de desejo e rivalidade que uma criança experimenta em relação aos pais durante a fase fálica do desenvolvimento psicossexual, entre os 3 e 6 anos de idade.
Na visão de Freud, o menino desenvolve um forte apego à mãe e vê o pai como um rival pela atenção e afeto dela, levando a sentimentos ambivalentes de amor e ódio em relação a ele. O termo vem da mitologia grega, na qual Édipo, sem saber, mata seu pai e se casa com sua mãe. Freud acreditava que, ao resolver o complexo, o menino identificava-se com o pai e internalizava normas sociais e morais, contribuindo para a formação do superego.
O Complexo de Édipo tem uma contraparte feminina chamada de Complexo de Electra, em que a menina desenvolve sentimentos semelhantes de rivalidade com a mãe e apego ao pai.
Exemplos de casos:
1. Menino que se torna excessivamente apegado à mãe
Um menino de quatro anos que, após o nascimento de um irmão, começa a mostrar ciúmes em relação ao pai, buscando mais atenção da mãe e mostrando resistência ao passar tempo com o pai. Ele quer dormir com a mãe e expressa abertamente que "o papai tem que sair", demonstrando um desejo inconsciente de exclusividade. A resolução do Complexo de Édipo nesse caso envolveu a ajuda dos pais em estabelecer limites claros e apoiar o desenvolvimento de uma relação saudável com o pai, levando o menino a identificar-se mais com ele.
2. Uma menina que disputa a atenção do pai
Uma menina de cinco anos mostra comportamentos de rivalidade com a mãe, como tentar usar as mesmas roupas, imitar sua aparência ou interferir nas conversas dos pais para desviar a atenção do pai para ela. Freud interpretaria esse comportamento como parte do Complexo de Electra, em que a menina deseja substituir a mãe na relação com o pai. A solução para esse complexo se daria quando ela começa a identificar-se com a mãe, adotando sua figura como modelo.
3. Menino que desenvolve rivalidade extrema com o pai
Um menino que, ao observar a proximidade entre seu pai e sua mãe, começa a demonstrar comportamentos de agressividade com o pai. Ele pode tentar desafiar a autoridade do pai em casa ou competir por afeto, especialmente em momentos de interação entre os pais. O pai e a mãe, ao lidar com isso, promovem um ambiente no qual o menino gradualmente percebe a impossibilidade de "substituir" o pai e começa a vê-lo como um modelo a seguir, resolvendo o Complexo de Édipo.
Referências Bibliográficas:
- Freud, S. (1900). A Interpretação dos Sonhos. São Paulo: Companhia das Letras.
- Freud, S. (1924). O Ego e o Id. Rio de Janeiro: Imago Editora.
- Laplanche, J., & Pontalis, J.-B. (1973). Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.
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